domingo, 10 de julho de 2011

Ser sensual e ser vulgar

Antes de começar, vamos ver o que diz o dicionário: “Vulgar. adj. (…) Baixo, reles, desprezível: sentimento vulgar”, enquanto “Sensual. adj. Relativo aos sentidos. Que satisfaz os sentidos (…)”. Acho que agora temos condição de começar a responder melhor a essa pergunta.
E essa pergunta incomoda algumas pessoas. Outras pessoas não estão nem aí, porque querem mais é impressionar, chamar a atenção - causar!
E vamos lá. É difícil a gente definir o que é o vulgar. Algumas vezes, pode ser extremamente sensual pra um e vulgar pra outro. Vai do gosto de cada um. Mas qual de nós nunca se deparou com uma situação em que uma pessoa passa e é apontada como vulgar? Não acho que é só a questão da roupa (ou da falta dela!), mas também de como a pessoa se comporta.
A diferença entre “satisfazer aos sentidos” e “baixo, reles, desprezível” é bem simples. A vulgaridade ou a sensualidade pode estar em muitas coisas. Roupas, perfumes, gestos, jeitos, movimentos, palavras e algumas vezes até no silêncio. Há pessoas que são conhecidas por transpirarem sensualidade. Gisele Bundchen de chinelos e camiseta branca é super sensual. Por que? Por causa de seu corpo? Ou por conta de seu olhar ou de seu sorriso? Tenho um amigo que diz que a Ana Paula Padrão (sim, aquela do jornal na TV) é ultra sensual. Difícil descordar. Pode até ser quem alguém pense que essas duas mulheres não são sensuais. Mas acho improvavel que digam que são vulgares.
Pra mim, um dos maiores horrores já vistos, são as “dançarinas do Tchan”. Mulheres lindas, sem dúvida. Mas fazerem simulações copulares em objetos não dá pra engolir. Acho de mau gosto. Acho feio. E as dançarinas de funk que “‘vão descendo até o chão, chacoalhando o popozão” mantêm a saga viva. Sensual? Não. Definitivamente.
Não tenho absolutamente nada contra as mulheres que se vestem de modo mais ousado, ou que se comportam de maneira mais ‘expressiva’. Mas é preciso ter noção pra não cruzar a fronteira do sensual (aquilo que faz com que uma mulher se torne tão atraente) para o vulgar (aquilo que faz a mulher ser apontada como, digamos, inadequada).
Ainda esses dias estava em um lugar bacana, com pessoas super chiques e me deparei com 3 ou 4 meninas muito bem vestidas, jovens, lindas e notavelmente com boa condição financeira, entornando latas de cerveja e aos berros falando palavrões ao celular. Sensual? Poderia ser a Jeniffer Aniston num Versace. Desse jeito não dá, né?
Mas eu não sou tão purista assim. Acho que o que é vulgar em uma época, se torna padrão em outra. Somos criados “pela média” – e pela média vamos vivendo nossas vidas. Qualquer pessoa que saia dessa média, é acusado de comunista, revolucionário, maluco… ou vulgar! As roupas que usamos hoje para irmos visitar a avó, provavelmente seria a roupa de uma pessoa vulgar, 50 anos atrás. Acho que é necessário romper com o tradicional. Acho que é necessário sair da média. Mas devemos tentar fazer isso em local e hora apropriados.


 Escrito por Ruiz

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